Nos últimos 51 dias, ao menos 12 ônibus foram incendiados em Belo Horizonte e Região Metropolitana. Devido ao aumento desse tipo de ato criminoso, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deu início a investigações com o objetivo de identificar e prender os envolvidos. Em apresentação realizada nesta quarta-feira (22), a corporação divulgou o resultado dos trabalhos. Até agora, quatro pessoas foram presas, Gabriel Henrique do Nascimento, conhecido como “Biu”, 20 anos; Willian Moreira da Silva, o Pixadão, 26, Alisson Nascimento Oliveira, 21, e João Vítor Rezende Barbosa, 19. Também foram descobertos mais seis suspeitos – quatro estão foragidos e dois identificados. Eles são responsáveis por oito ataques – quatro em Belo Horizonte, três em Sarzedo, um em Betim e um em Mário Campos.
Durante a apresentação, o chefe-adjunto da PCMG, Raimundo Nonato, ressaltou o trabalho dos policiais. “Logo que os incêndios começaram, eu estive aqui, juntamente com o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária (SIPJ), Luiz Flávio Cortat, e determinamos que a investigação ficasse a cargo do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), pois tinha plena confiança na capacidade dessa equipe. E hoje estamos aqui para apresentar os resultados e parabenizar a equipe pelo grande trabalho”, afirmou.
Luiz Flávio Cortat destacou a importância dessa operação. “O objetivo da ação é desestruturar as organizações criminosas, principalmente, bloquear os recursos financeiros e logísticos dessas quadrilhas. Foi um belo trabalho da Polícia Civil e uma grande resposta à sociedade”, disse.
O delegado Hugo Malhano, que acompanhou as investigações, falou sobre o trabalho da equipe. “A equipe se dedicou muito a esse trabalho e estou satisfeito com os encaminhamentos. Todos os policiais do Deoesp se empenharam nesse trabalho. E o resultado foi a prisão de quatro integrantes de uma quadrilha e a identificação de outros seis envolvidos, culminando com a prisão de 14 suspeitos”, disse.
O delegado Marcus Vinicius contou como foram as investigações. “Foi um trabalho de inteligência da PCMG que identificou uma quadrilha das cidades de Sarzedo e Mário Campos. Essa quadrilha age em dois braços, com dois líderes, um é o Renato Rodrigues de Oliveira, o Renatinho, que está foragido e, o outro, o Willian. A PCMG conseguiu provas materiais que podem garantir a condenação dos suspeitos, por isso esse trabalho minucioso. Eles são responsáveis por oito ônibus incendiados”, completou.
Ainda de acordo com Marcus Vinícius, a motivação para os incêndios seria uma retaliação do grupo em resposta ao homicídio do antigo líder da quadrilha, conhecido como “Leozinho”, morto no dia 1º de fevereiro.
Os presos de hoje são considerados os cabeças da organização criminosa. São pessoas que não participam efetivamente da ação, mas são os pensantes dessas atividades. A polícia apreendeu materiais utilizados para ações incendiárias, além de armas e rádio comunicadores.
Também já foram identificados outros quatro suspeitos que agiam na região do bairro Ribeiro de Abreu. Entre eles, três adolescentes e um maior.
Fonte: Blog Cabo Julio, Hoje Em Dia
Comentários
Postar um comentário
Deixe a sua marca no sucesso. Comente .